Vitória surgiu devido aos constantes ataques indígenas, franceses e holandeses à Vila Velha, que era a capital da capitania do Espírito Santo. Os portugueses decidiram então mudar a capital e então resolveram escolher uma ilha próxima ao continente, a Ilha de Guanaani, como chamavam os índios. A Vila Nova do
Espírito Santo, como era denominada, foi fundada a 8 de Setembro de 1551, posteriormente denominada como Vitória, em memória da vitória em uma grande batalha comandada pelo donatário da capitania, Vasco Fernandes Coutinho, contra os Goitacases.
Até o século passado, os limites da capital capixaba eram o atual Forte de São João, onde atualmente está localizado o Clube de Regatas Saldanha da Gama, próximo ao centro da cidade, e também o morro onde funciona o atual hospital da Santa Casa de Misericórdia, no bairro Vila Rubim. A cidade foi sendo
construída nas partes altas o que deu origem a diversas ruas estreitas. A parte de baixo foi sujeita a ataques e devido a isso foram construídos vários fortes à beira do mar.
Em 24 de Fevereiro de 1823 (17 de Março de 1829 ?) a vila de Vitória foi elevada a cidade, mas seu isolamento insular evitava seu desenvolvimento. A partir do ano de 1894 com o ciclo do café, iniciaram-se na ilha diversos aterros nas partes baixas da cidade, alterando a forma da ilha e modernizando-a. Foram
construídas após disso diversos bairros, escadarias e foram derrubados casarões. Além disso foi melhorado o saneamento.
Em 1941 surgiu o primeiro cais na capital e em 1927 a ponte que ligou a ilha ao continente. O porto se desenvolveu. Em 1949 foram feitos mais aterros e foram construídas amplas avenidas. Depois dessas várias mudanças a cidade tornou-se o maior centro do Espírito Santo. Em 1970 o Porto de Vitória se tornou um
dos mais importantes do país, e a capital começou a se industrializar. A modernização da ilha gerou o desaparecimento de quase todos os vestígios da Colônia e do Império na ilha.